– Origem do Termo:
A palavra Lowton não é encontrada em nossos dicionários comuns, profanos, de qualquer língua, mas é usada em alguns dialetos na Escócia. Supõe-se que seja corruptela de termo egípcio, significando lobo ou chacal. Alguns povos pronunciam luston ou Lowton; na França usa-se o termo luveton e na Inglaterra lewis. Por Lowton são assim chamados os adotados pela Maçonaria, porque lobo – ou o chacal, da mesma família -, desde os mais recentes tempos representa a coragem, o destemor, sendo o único animal selvagem que só se defende, raramente, atacando presas só para se alimentar. As más qualidades fogem do lobo, como as trevas se afugentam e cedem à luz do sol. Lembremos que o Ir. Baden Powel, criador do Escotismo, o cognominou uma classe de lobinhos, certamente se inspirando nesses fatos.
– O Cerimonial e seu significado.
– A cerimônia de adoção de Lowton é impropriamente chamada de batismo, uma vez que os Lowtons tornam-se filhos adotivos da loja, a qual contrai para com eles a obrigação de servir-lhes de tutor e de seu guia na vida social, acompanhando-os em seus passos na coletividade em que convivem. Ante a esse sagrado dever, não devem as lojas praticarem essa adoção, senão com prudência. É uma cerimônia que nada tem de religioso, mas sim é litúrgica e ritualística, simplesmente. No momento da adoção a Ordem comunica ao adotado os seus grandes princípios e idéias, por símbolos, apresentados num cerimonial preciso e respeitoso.
– Os pais e os padrinhos.
– Devem os pais reconhecerem a grande honra que lhes representa ao terem seus filhos adotados por uma Loja. Estão fazendo a entrega de seus filhos para filiarem-se na Ordem, pela Loja, onde receberão com o máximo carinho fraternal sua instrução e direcionamento a um modo de vida totalmente responsável, livre e fraternal. Aos padrinhos, aos quais os pais dos adotados entregaram seus filhos para o ato da adoção em sessão de Lowtons, cabem reconhecerem a honra de estarem representando a Loja e assumindo, em seus nomes, os fraternos compromissos da adoção, até a sua formação e principalmente na falta de seus pais, se ocorrer. Naquele momento os padrinhos assumem as responsabilidades:
- de guiar seus afilhados na senda da fraternidade;
- mostrar-lhes a importância da liberdade;
- exaltar a fraternidade para onde foram guiados;
- e dedicarem amor e cuidado com as crianças órfãs.
Os padrinhos e a própria Loja devem tudo fazer para que essas crianças, esses jovens, transformem-se em verdadeiros homens, cônscios de seus deveres, responsáveis pelas suas liberdades com o sentido de auto vigilância sobre os seus atos acima de tudo, alertá-los para que se tornem sabedores de todas as injunções do ser humano, mas dispostos a ultrapassá-las, É dever dos padrinhos maçons demonstrar, pela prática na vida profana, pelo exemplo de seus atos e pela vivência das virtudes teologais.
Ref.:
A Trolha n. 40, de mar/abr-89, p. 61, extraído da peça do Ir. José Carlos Betolani;
A Trolha de ns. 20, pág. 22; n. 29, p. 59 e n. 36, p. 63.
Colaboração Irmão Edson Fernando S. Sobrinho – Outubro, 98.
4 comentários
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Tive a honra de ver meu filho Lowton, depois DeMolay e hoje Ir.’.
Cerimonia lindissima, emocionante, não tem como um jovem Lowton, ter um início de vida melhor que esse.
Depois da adoção, não podemos de deixar de convida-los sempre para participar de outras cerimonias, etc…
Parabens.
Tive o previlégio de participar de uma sessão de Lowton, nesse ano, além da beleza é de imensa grandeza para o fortalecimento das colunas da Loja e dos laços de amizade entre as familias maçônicas do presente e do futuro.
Caros,
Muito interessante todos os ensinamentos contidos em vosso portal, mostrando o quanto são sérios, agradeço a possibilidade de poder ter acesso a este acervo.
Att
AGDAC
Tive o prazer como Venerável Mestre na época, de conjuntamente com a Loja União Fraternal Cícero Marques 67 e seu Venerável Mestre Heraldo Langer, com nossa Loja São João Batista, 84, de fazermos uma sessão de Adoção de Lowtons conjunta. Sessão linda, profunda, inesquecível.